“Acabou a trégua”, diz presidente da CACISM sobre fechamento do comércio

Em entrevista na manhã desta terça-feira (16), para o programa 102.7 em Notícias, o Presidente da Cacism, Luiz Fernando Pacheco se mostrou contrario as medidas que seguem vigoradas no estado, que mantém o comércio não essencial fechado. O setor empresarial havia se reunido na segunda-feira (15) e reivindicaram ajuda do poder publico contra a crise enfrentada pelos comerciantes. Sobre a reunião Pacheco declarou que “após a reunião com diversos presidentes das principais entidades de Santa Maria, o resumo é o seguinte, acabou a trégua, seja com a prefeitura, seja com o governo do estado”, disse o presidente da Cacism.

Não aceitamos mais sermos impedidos de trabalhar isso é uma irresponsabilidade, isso são medidas que tem um viés politico muito grande. Não se põe polícia na rua pra fiscalizar quem está cometendo crime de trabalhar que é o que esta acontecendo hoje. A polícia atualmente esta na rua fiscalizando pessoas que estão trabalhando. Então a gente acabou a fase das reuniões e das conversas, a gente ficou um ano no mais alto nível conversando com a prefeitura. Com diversas reuniões e nunca conseguimos nada, é fechamento seguido de fechamento. O combate a pandemia se resume a isso, fechar empresas, proibir pessoas de trabalhar, declarou Pacheco.

Pacheco exige pela reabertura do comércio e que as pessoas possam voltar a trabalhar. Para que isso possa ocorrer, ações serão tomadas, inclusive contra a prefeitura. Vamos entrar com um mandado de segurança pedindo a abertura do comércio. Porque segundo Pacheco a mesma prefeitura que manda todo mundo fechar, é a mesma prefeitura que fica cobrando taxas de alvarás, “tem muito bar e restaurante que está fechado a um ano que estão pagando taxa de renovação do alvará, então a prefeitura com a mesma mão que mandam fechar o comércio, eles tinham que ajudar”, disse o presidente da Cacism.

Mas sabe por que não se abre mão de um centavo, porque o salário do funcionalismo público deve ser pago em dia. É muito fácil bater palma e pedir o fechamento do comércio quando se tem emprego garantido, isso é no mínimo um sentimento de muito egoísmo em não se colocar no lugar do próximo.

Pacheco destaca que com todo esse cenário, acabou a fase de reuniões, de conversar, agora vai ser tomada ações mais fortes nessa questão de encaminhar um mandado de segurança impedindo a prefeitura de cobrar IPTU, renovação de alvará por 90 dias, e também perdão de juro e multa de todo mundo que deixou de pagar esses impostos municipais no período em que estavam impedidos de trabalhar.

Inclusive um dado foi divulgado com exclusividade, em conversa com uma empresa local que trabalha com medicina do trabalho entre os meses de Janeiro e Março foram emitidos mais de 2 mil exames demissionais. Vale destacar que no município de Santa Maria existem cerca de oito empresas que trabalham com esse ramo empresarial, então o número de demissões é catastrófico. E ainda é preciso analisar as outras empresas que às vezes não mandam o funcionário fazer o exame, simplesmente demitem.

Segundo Pacheco temos em nosso município uma leva de desempregados muito grande, uma crise social extrema, por causa dessas medidas irresponsáveis de fechamento de empresas e proibindo que pessoas trabalhem. “Se questiona o que é essencial, eu digo que todo trabalho que leva o sustendo para sua família é essencial, não tem que dividir, são todos iguais, todos tem direito de trabalhar”. declara Pacheco.

Pacheco conclui dizendo que: “Tudo que acontece é uma irresponsabilidade muito grande e agora estamos na fase do basta, cansamos, não temos mais nada para dar, não temos mais, as empresas estão fechando, as pessoas estão sendo demitidas, e agora ainda tem uma suspeita que talvez essa bandeira preta vá segundo o próprio governador até o dia 15 de abril. Se continuar assim, ai é pra fechar tudo, vão ficar mesmo só os funcionários públicos trabalhando”.

Por Daniel de Assis e Mateus Ferreira

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