Estado perdeu mais de 74 mil empregos com carteira assinada em abril

No Rio Grande do Sul, foram extintas 74.686 vagas de emprego com carteira assinada em abril. Representando o saldo entre as demissões e contratações no mês, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados pelo Ministério da Economia nesta quarta-feira (27). O Estado teve o quarto pior resultado do país, atrás de Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, que liderou o ranking negativo com o fechamento de 260.902 postos de trabalho formais.

No país, o número é também – e mais – impressionante, mesmo que a pandemia já sinalizasse a onda de demissões. Foram fechados 860.503 empregos com carteira assinada, ou seja, o pior resultado para um mês de abril na pesquisa divulgada há 29 anos pelo governo federal.

Essa é a primeira divulgação do Caged com dados de 2020. A pesquisa, tradicionalmente, é mensal, mas a mudança do sistema e a pandemia dificultaram o envio de informações por parte das empresas. Considerando o acumulado de janeiro a abril, o saldo de empregos extintos no Rio Grande do Sul é menor: -53.122. Isso porque os meses anteriores tinham registrado criação de vagas no Estado, movimento interrompido pela pandemia.

Com essa pesquisa, é possível dimensionar melhor o impacto no mercado de trabalho da crise provocada pela covid-19. As demissões se intensificaram em abril, quando as empresas entenderam que o coronavírus duraria mais do que o previsto inicialmente. Sem caixa e tentando manter o negócio como um todo, em vários casos, a redução do quadro de funcionários foi a saída.

Há ainda o temor de uma avalanche de demissões nos próximos meses. Várias empresas adotaram as medidas provisórias do governo federal para reduzir o desemprego, como a suspensão do contrato de trabalho ou redução de jornada e salário, ambas com complementação da remuneração dos funcionários por parte do poder público. Quando fechar o período do chamado benefício emergencial, sem novas medidas e com a economia retraída, as dispensas tendem a crescer. No Rio Grande do Sul, conforme a atualização de agora, 352.990 trabalhadores aderiram ao programa durante a vigência, que engloba abril e maio.

Informações: Giane Guerra/ZH

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