O Ibovespa avançava nesta sexta-feira (2). Por volta das 12h40, o índice subia 1,86%, a 112.624,13 pontos. Isso com a bolsa acompanhando o viés positivo de praças acionárias e commodities como o petróleo e o minério de ferro no exterior, com a pauta do dia destacando dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Na máxima, o índice chegou a 113.069,55 pontos, nível que não atingia desde o começo de fevereiro.
O dólar, por sua vez, caía frente ao real. No mesmo horário, a moeda norte-americana, à vista, recuava 1,05%, cotado a R$ 4,957 na venda, a caminho de alta semanal.
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,0069 na venda, com baixa de 1,29%. O Ibovespa, por sua vez, encerrou a primeira sessão de junho com alta de 2,06%, aos 110.564 pontos.
Nos EUA, criação de vagas de emprego em maio superou as expectativas, mas uma moderação nos salários alimentava apostas de manutenção dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central do país) na reunião deste mês pela primeira vez em mais de um ano.
O Senado norte-americano também aprovou na quinta-feira projeto de lei que eleva o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões do governo, evitando o que teria sido o primeiro calote da história, corroborando o clima positivo nos mercados globais.
O clima benigno nos pregões era ainda apoiado por expectativas de estímulos adicionais à economia na China. De acordo com reportagem da Bloomberg, Pequim está trabalhando em novas medidas para apoiar o mercado imobiliário.
“As principais commodities em alta, junto com o melhor ambiente global para a tomada de risco, devem testar o fôlego dos ativos domésticos hoje”, afirmou a equipe da Ágora Investimentos em relatório a clientes.
Alguns agentes financeiros também avaliam que o mercado entrou na tendência de melhora e que a posição técnica dos ativos parece favorável para tal movimento.
No caso do Brasil, os ativos também tem se beneficiado de sinais de queda da inflação e avanço da nova regra fiscal no Congresso Nacional, que se refletiram principalmente no alívio da curva de juros futuros e alta de ações cíclicas locais.
*publicado por Pedro Zanatta, da CNN, com informações da Reuters.
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