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Butantan atribui menor número de doses por frasco a aspiração inadequada do líquido

  • Daniel de Assis
  • 14/04/2021
Instituto Butantan admitiu nesta terça-feira (13) a possibilidade de incluir um QR Code na bula da vacina CoronaVac para orientar a extração de 10 doses em cada frasco do produto. O anúncio ocorre após prefeituras de pelo menos 12 estados relatarem lotes com rendimento inferior a 10 doses por embalagem. Ministério da Saúde afirmou que a orientação é para que estados e municípios registrem no formulário técnico quando não for possível aspirar o total de doses declaradas nos rótulos das vacinas, e que a análise dessas ocorrências seja conduzida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência declarou que todas as hipóteses estão sendo avaliadas para que se verifique a origem do problema e não haja prejuízos à vacinação em curso no país. Os serviços de saúde afirmam que os frascos têm uma quantidade menor do que a necessária para 10 aplicações. O Butantan atribui a diferença no número de doses extraídas pelas prefeituras a discrepâncias no processo de aplicação. No começo de março, a Anvisa autorizou que o Butantan alterasse o volume do frasco da CoronaVac, para evitar desperdício. O volume passou de 6,2 ml para 5,7 ml – quantidade que deveria ser suficiente para 10 doses, considerando que cada aplicação é de 0,5 ml. Atualmente a bula da CoronaVac alerta que o profissional de saúde precisa se certificar de que o volume aspirado na seringa é de 0,5 ml, o que corresponde a uma dose da vacina. Com a revisão, a bula poderia incluir um QR Code para que o profissional responsável pela vacinação possa assistir a um vídeo com a forma correta de aspirar a dose.
“A bula vai ser atualizada, a gente está pensando em colocar um QR Code para facilitar. Em qualquer lugar do Brasil, com um celular com conexão, o profissional de saúde vai mirar para o código e ver um vídeo demonstrando a correta forma de se fazer a extração”, disse Lucas Lima de Moura, diretor de qualidade do Instituto Butantan.
“O que nós vamos tentar fazer é minimizar esses comportamentos que favorecem a perda”, disse Moura. Ele afirmou ainda que o correto é fazer a aplicação com seringas de 1 ml, para garantir a extração de 10 doses por frasco. “O que é preconizado é a seringa de 1 ml, é a que a gente usa, com agulha intramuscular, mas a gente sabe que não é o que todo mundo pratica. Não tem abastecimento para todo mundo usar esse tipo de material, então isso pode acarretar algum tipo de perda inerente ao processo”, completou.
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