Enquanto o país discutia o atestado de irrelevância passado pelo ministro do STF Gilmar Mendes ao Congresso Nacional, ao decidir uma alteração no orçamento da União e do teto constitucional sem a necessidade do voto dos 81 senadores e 513 deputados, o plenário da Câmara dos Deputados, indiferente a tudo isso, aprovou ontem à noite, um reajuste salarial para os cargos de presidente, vice-presidente, ministros, deputados e senadores.
O texto, aprovado na forma de substitutivo do deputado Hildo Rocha (MDB-MA), estabelece um escalonamento nos aumentos. O valor será de R$ 39.293 a partir de janeiro de 2023; R$ 41.258,05 a partir de abril de 2023; R$ 42.928 desde fevereiro de 2024; e R$ 46.366 de fevereiro de 2026 em diante.
O salário atual do presidente da República é de R$ 30,9 mil mensais, enquanto senadores e deputados têm contracheque de R$ 33,7 mil. Em relação ao previsto para 2026, haveria aumento de 50% e 37% para esses cargos, respectivamente.
O trio de ouro de Eduardo Leite
O governador reeleito, Eduardo Leite, deve a três aliados estratégicos grande parte dos êxitos que acumulou na primeira gestão. São eles o ex-vice, e atual governador Ranolfo Vieira Junior, o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e o líder do governo no legislativo, deputado Frederico Antunes. Destes, Lemos e Frederico Antunes continuarão participando da linha de frente política, enquanto que Ranolfo Vieira Junior ficará em posição estratégica na retaguarda: ontem ele foi convidado e aceitou ocupar uma das diretorias do BRDE, o Banco Regional de Desenvolvimento Econômico, na vaga da ex-secretária Leany Lemos.
Quem diria: Tribunal de Contas pode ter suas contas reprovadas
O Tribunal de Contas da União, rigoroso e palpiteiro até em seara que não lhe diz respeito, desde 2011 não encaminha suas próprias contas, para análise do Congresso Nacional, poderá criar um fato inédito: a rejeição das contas da Corte de Contas. O deputado federal Felipe Francischini (União Brasil-PR), está cobrando do TCU suas prestações de contas, que não são enviadas há 12 anos, para uma análise do Congresso. Os dados até aqui existentes, demonstram indícios de irregularidades, como o uso de recursos públicos para o pagamento de despesas pessoais inadequadas de membros do TCU.
Indicado para o comando da PRF apoiou a Lava-Jato e defendeu a prisão de Lula
O nome indicado para diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Edmar Camata, tem um bom currículo: é um antigo apoiador da Operação Lava-Jato, e crítico do presidente eleito Lula. O futuro diretor da PRF defendeu a prisão de Lula, e declarou em suas redes sociais – agora apagadas – que “ver Lula como inocente significa acreditar que há uma trama extremamente complexa e articulada”.
Silvinei Vasquez deixa um saldo positivo na PRF
Edmar Camata terá uma tarefa difícil ao substituir Silvinei Vasques no comando da Polícia Rodoviária Federal. Vasques deixa como saldo um recorde de apreensão de drogas e um trabalho impecável no exercício do poder de polícia. Foi politicamente perseguido após ter cumprido a lei no período eleitoral, em especial no dia da eleição no segundo turno, quando manteve-se no cumprimento da lei a despeito de ordens ilegais recebidas do STF para liberar o transporte ilegal de eleitores.
Fonte: O SUL