Professores da rede estadual de ensino entraram hoje (25) na segunda semana de greve no Rio Grande do Sul. Os servidores protestam contra o pacote de medidas do governador, Eduardo Leite (PSDB), que inclui a reestruturação da carreira do magistério.
Nesta segunda, 44 instituições de ensino aderiram ao movimento na região central do Estado, sendo 15 delas com atividades totalmente paralisadas.
Na última sexta-feira (22), como medida de repressão ao movimento, o governador anunciou o corte no ponto dos professores do Magistério em greve. A medida causou revolta entre os servidores.
O diretor do 2º Núcleo do CPERS-Sindicato, Rafael Torres, chamou de “intempestivas” as atitudes de Eduardo Leite e destacou que a assessoria jurídica do movimento já foi acionada para tomar as medidas necessárias contra o corte do ponto. A justificativa é de que a lei geral de greve (7.783/89), que autoriza o corte do ponto, ressalva os casos onde há atraso de salários.
“Nossa greve é legítima. Nós temos tantas pautas, mas especialmente, nesse momento estamos em greve porque não estamos recebendo nossos salários. Então é uma afronta. Certamente não teríamos dificuldades no setor jurídico de conseguir uma liminar para reverter essa decisão intempestiva do governador”, menciona.
Segundo Torres, o movimento é legítimo e permanecerá ativo por tempo indeterminado até a retirada total do pacote de medidas da Assembleia Legislativa. Amanhã, pelo menos 10 ônibus sairão da região central do estado com destino à Porto Alegre, onde uma assembleia estadual de mobilização irá reunir os servidores estaduais em greve na Praça da Matriz.
“Seguimos convictos que a nossa pauta é justa. Nossa segunda semana de greve começa forte e quem tem o poder de terminar essa greve é o Governador do Estado, retirando esse pacote na Assembleia Legislativa”, finaliza Torres.
Imagem: Maiquel Rosauro.