Representantes da Prefeitura de Santa Maria acompanharam o início da viagem dos familiares de vítimas da tragédia da boate Kiss para a Capital. Eles partiram da Avenida Rio Branco, na frente Catedral Metropolitana, em um ônibus, por volta das 13h30min desta terça-feira (30). O julgamento dos quatro réus do caso começa nesta quarta-feira (1º), no Foro Central de Porto Alegre.
Ao lado da Brigada Militar, a Coordenadoria Municipal de Trânsito e Mobilidade Urbana (CMTU) e a Guarda Municipal realizou a escolta do ônibus até o pórtico que fica na saída de Santa Maria, na RSC-287. A partir desse ponto, a escolta foi feita pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
Além disso, a Prefeitura de Santa Maria providenciou uma ambulância, que acompanha os familiares durante todo o trajeto até Porto Alegre para eventuais atendimentos médicos necessários.
HOMENAGEM
Um ato que marcou o início da viagem ocorreu pouco antes do ônibus partir. Balões brancos foram soltos no céu da cidade. O grupo que se preparava para embarcar também deu um abraço coletivo.
“Respeitamos a dor de cada uma das famílias e sobreviventes. Viemos prestar solidariedade às famílias nesse momento especialmente delicado, no qual serão revividos momentos muito próximos da tragédia”, afirma o vice-prefeito Rodrigo Decimo, que acompanhou, presencialmente, os momentos que antecederam o embarque.
Também participaram do ato de soltura dos balões e conversaram com os familiares os secretários Orion Ponsi, de Mobilidade Urbana, Rose Carneiro, de Cultura, Guilherme Ribas, de Saúde, e Lúcia Madruga, de Educação. O prefeito Jorge Pozzobom está em Porto Alegre e irá recepcionar o grupo.
AMPARO PSICOSSOCIAL
A Prefeitura de Santa Maria vai apoiar os familiares das vítimas e os sobreviventes da tragédia da boate Kiss durante o julgamento dos quatro réus do caso. Cinco servidores do Município irão para a Capital acompanhar o julgamento no espaço interno do Foro. A equipe é composta por três psicólogos e dois enfermeiros da Secretaria Municipal de Saúde. Eles foram escolhidos porque atuaram junto às famílias na época do incêndio e, desde então, acompanham os desdobramentos da tragédia que vitimou 242 pessoas e deixou outras 636 feridas.
Os profissionais não irão todos de uma vez só. Eles irão se revezar em escalas para que em todos os dias de júri tenha alguém da equipe no local. As diárias serão pagas pela Prefeitura de Santa Maria.
O Município, entretanto, não apoiará apenas quem estiver em Porto Alegre, mas também aqueles que permanecerem em Santa Maria. O serviço do Santa Maria Acolhe, localizado na Rua Treze de Maio, número 35, no Bairro Centro, terá turno estendido de segunda a sexta-feira, das 17h às 21h, para prestar atendimento psicossocial para familiares e sobreviventes que precisarem desse tipo de auxílio.
A população também pode buscar o Santa Maria Acolhe no horário normal de funcionamento do serviço, das 8h às 17h, que segue, paralelamente, com os demais atendimentos, relacionados a outras demandas.
Os profissionais da Prefeitura fazem parte do coletivo que realizará uma série de atividades de cuidado com as chamadas “vítimas diretas e indiretas” da tragédia. Durante todos os dias, voluntários estarão à disposição da comunidade na tenda da Praça Saldanha Marinho e em um espaço reservado no Clube Comercial, na Rua Venâncio Aires.
O coletivo é composto por estudantes e profissionais vinculados a diferentes instituições, como universidades, movimentos sociais, secretarias de Saúde de Santa Maria, de Porto Alegre e de Canoas, Secretaria de Desenvolvimento Social de Porto Alegre, Secretaria Estadual de Saúde, conselhos profissionais, Seção Sindical dos Docentes da UFSM, entre outros, além de trabalhadores liberais.
Também com o apoio da Prefeitura, um telão vai transmitir o júri ao vivo, no primeiro dia, na tenda da praça e, após, no Clube Comercial.
**Com informações da Prefeitura Municipal de Santa Maria