A Justiça de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, negou a prisão de Elson Dias Gonçalves, de 31 anos. O homem matou a facadas Felipe de Moraes Rita na madrugada de 24 de abril. Na última quinta-feira (25), o pedido feito pelo Ministério Público foi negado, e o acusado responderá o crime em liberdade.
Felipe foi morto com cerca de oito golpes de faca por volta das 2h30min, na casa da sua ex-companheira. Eles haviam terminado o relacionamento há cerca de 20 dias, mas, segundo familiares, seguiam mantendo contato. Elson estava na casa dela quando Felipe chegou ao local pulando um muro, e os dois começaram a discutir e houve uma luta corporal.
A Brigada Militar foi chamada, isolou o local e acionou a Polícia Civil. Após o crime, o acusado se apresentou à polícia no dia seguinte.
O autor do crime alega que agiu em legítima defesa. A Justiça entendeu que Elson estava ajudando nas investigações e não representa um risco para a sociedade ou ordem pública.
Em razão disso, a família da vítima contratou um escritório de advocacia para atuar como assistente de acusação juntamente com a Promotoria, que concordou em dar publicidade ao crime “a fim de que a verdade sobre os fatos sejam esclarecidos e que as pessoas após assistirem tirem suas próprias conclusões”.
Em entrevista ao Jornal da Pampa, o delegado Marcelo Arigony, destacou que até o momento, a polícia não encontrou o “vetor” principal para a prisão preventiva.
“Nós não encontramos até o presente momento aquele vetor principal para a necessidade da prisão preventiva. Além disso, ele é uma pessoa que tem bom antecedentes. Praticou um fato grave, se chamado lá no júri, vamos dizer isso com certeza, mas nós temos que obedecer o devido processo legal “, disse o delegado.
Sentimento da família
A mãe do homem morto, Jane Rita, disse não entender a decisão judicial. Para ela, a brutalidade do assassinato já é um motivo para a prisão do indivíduo.
“Se ele não é uma ameaça para a sociedade, quem é? Uma pessoa que friamente tira a vida do meu filho. Eu clamo e vou clamar por justiça. Eu não vou parar. Eu vou movimentar o mundo. Meu filho não irá morrer em vão”, disse Jane.
Fonte: O Sul