Na reunião com as 27 associações regionais de municípios, nesta quinta-feira (25), o governador Eduardo Leite deve subir o tom no alerta aos prefeitos para a gravidade da crise sanitária e o risco de colapso total no sistema de saúde nos próximos dias. Leite vai tentar convencer os prefeitos a desistirem da cogestão nas regiões em bandeira preta e adotarem os rígidos protocolos previstos em situação de altíssimo risco.
Essa foi a recomendação da maioria dos integrantes do comitê científico e do comitê de especialistas que aconselham o governo. Formados por renomeados especialistas em saúde pública e em economia, esses colegiados usaram os dados das últimas horas para pedir que sejam adotadas medidas rígidas que reduzam a circulação de pessoas.
No relatório encaminhado pela manhã a integrantes do governo e ao presidente da Famurs, Maneco Hassen, todos os indicadores de ocupação de leitos (clínicos e de UTI) estão em curva ascendente e íngreme, sinal de deterioração muito rápida. O único gráfico que mostra queda é o dos leitos disponíveis para internação.
Mesmo que a cogestão não seja suspensa, os prefeitos terão de incluir nos planos regionais uma cláusula em que se comprometem a fiscalizar os protocolos adotados em suas regiões, para que a tarefa seja compartilhada entres as equipes estaduais e municipais.
Depois da reunião com os prefeitos e de outra com representantes da Pfizer, Leite fará um pronunciamento, às 17h, para anunciar decisões.
Fonte: Rosane de Oliveira/GZH