Mais de mil pessoas puderam testemunhar na manhã desta quinta, 21 de abril, a Imposição do Pálio Arquiepiscopal a Dom Leomar Antônio Brustolin, na Basílica Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. A cerimônia iniciou com a acolhida ao Reverendíssimo Núncio Apostólico Dom Giambattista Diquattro, onde a Orquestra do Projeto Social São Vicente Pallotti, caravanas das 39 paróquias que compõe a arquidiocese, coordenações dos diversos movimentos e pastorais saudaram o representante do Papa Francisco no Brasil. Entre os presentes estavam autoridades civis, militares, religiosas e da área da educação.
Até 2015 esta atividade ocorria no Vaticano, no entanto, por decisão do Papa Francisco, passou a ser realizada nas respectivas Arquidioceses de origem pelas mãos dos Núncios Apostólicos locais, como forma de evidenciar a relação dos novos metropolitas com a Igreja local e também dar possibilidade para que mais fiéis possam acompanhar a este momento tão significativo para os arcebispos. Também participaram da celebração representantes das dioceses sufragâneas a Santa Maria: Uruguaiana, Santa Cruz do Sul, Santo Ângelo, Cruz Alta e Cachoeira do Sul e o representante do Regional Sul 3 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Rodolfo Weber, arcebispo de Passo Fundo.
A insígnia litúrgica representa o sinal de unidade do arcebispo de Santa Maria com o Santo Padre, o Papa Francisco e representa a ovelha carregada pelo pastor, sinal da missão pastoral em comunhão com o Romano Pontífice. Essa tradição na Igreja católica ocorre desde o século VI.
O rito de imposição, conduzido pelo Pe. Enio Rigo contemplou a acolhida feita pelo Vigário Geral da Arquidiocese, Pe. Bertilo Morsch. Dom Giambattista recebeu dois presentes da Igreja de Santa Maria, uma imagem de Nossa Medianeira de Todas as Graças, padroeira da Província Eclesiástica e uma lâmpada para o Sacrário, confeccionada com pedras semipreciosas da região central do Estado.
Durante sua manifestação, Dom Diquattro falou “o Pálio nos lembra o jugo sagrado de Cristo, um jugo de amizade, portanto, um jugo suave, mas um jugo exigente.” Continuou com a explicação de como é confeccionado um pálio e recordou que a veste é um símbolo da vocação, da comunhão e unidade com o Papa Francisco. Também expressa a colegialidade com os bispos e a sinodalidade com a Igreja.
O momento da imposição foi o ponto alto da missa, onde o senhor núncio proferiu a fórmula de imposição e o coral da Escola Mediatrix entoou o canto Bom Pastor.
Dom Leomar, em sua homilia, reafirmou seu compromisso de missão e comunhão com a Igreja de Francisco. “Normalmente o pastor carrega a ovelha mais fraca sobre os ombros para que ela restaure as suas forças…Eu sei muito bem que o desafio é complexo e não raramente o confronto com a realidade nos deixa perplexos, entretanto, quando o peso do múmus pastoral for demasiado eu procurarei olhar para estas cruzes pretas e elas me recordam o Crucificado, e que por suas feridas todos nós fomos curados, então serei capaz de acolher cada momento com serenidade.”
A missa foi transmitida pelas Redes Sociais da Arquidiocese e pelo Sistema Medianeira de Rádios.
Ainda em sua estada na cidade, Dom Giambattista abençoou as instalações da Fraternidade O Caminho, do complexo FAPAS e realizou reunião com os bispos e da Província Eclesiástica de Santa Maria. Ainda está prevista uma visita à Universidade Franciscana.
*Com informações da Arquidiocese de Santa Maria
Foto destaque: Ronald Mendes