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Prefeito de Santa Maria na época da tragédia, Cezar Schirmer depõe no júri da Kiss

  • Mateus Ferreira
  • 08/12/2021
Prefeito de Santa Maria na época da tragédia, Cezar Schirmer disse em depoimento durante o júri da boate Kiss, em Porto Alegre, que governava uma "cidade traumatizada" após a tragédia. Arrolado pela defesa do réu Elissandro Spohr, ele é o primeiro a ser ouvido nesta quarta-feira (8), oitavo dia de julgamento. Ele chegou a ser indiciado no inquérito policial decorrente da tragédia, mas não foi denunciado pelo Ministério Público. Ao juiz Orlando Faccini Neto, afirmou que a investigação policial foi "medíocre e espetaculosa". "O inquérito não tinha nenhuma coerência. Polícia indiciou o chefe da fiscalização e não indiciou a secretária da Fazenda. Era notória a má vontade da polícia", disse. Cezar Schirmer é o atual secretário de Planejamento de Porto Alegre, político foi convocado pela defesa do réu Elissandro Spohr. Além de Schirmer, serão ouvidos também Fernando Bergoli, Geandro Kleber de Vargas Guedese e o Promotor de Justiça Ricardo Lozza.

Entenda o caso

Os quatro réus são julgados por 242 homicídios consumados e 636 tentativas (artigo 21 do Código Penal). Na denúncia, o Ministério Público havia incluído duas qualificadoras — por motivo torpe e com emprego de fogo —, que aumentariam a pena. Porém, a Justiça retirou essas qualificadoras e converteu para homicídios simples. Para o MP-RS, Kiko e Mauro são responsáveis pelos crimes e assumiram o risco de matar por terem usado "em paredes e no teto da boate espuma altamente inflamável e sem indicação técnica de uso, contratando o show descrito, que sabiam incluir exibições com fogos de artifício, mantendo a casa noturna superlotada, sem condições de evacuação e segurança contra fatos dessa natureza, bem como equipe de funcionários sem treinamento obrigatório, além de prévia e genericamente ordenarem aos seguranças que impedissem a saída de pessoas do recinto sem pagamento das despesas de consumo na boate". Já Marcelo e Luciano foram apontados como responsáveis porque "adquiriram e acionaram fogos de artifício (...), que sabiam se destinar a uso em ambientes externos, e direcionaram este último, aceso, para o teto da boate, que distava poucos centímetros do artefato, dando início à queima do revestimento inflamável e saindo do local sem alertar o público sobre o fogo e a necessidade de evacuação, mesmo podendo fazê-lo, já que tinham acesso fácil ao sistema de som da boate".
*Com informações de G1
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