Desde o ultimo sábado dia 21, o comércio de Santa Maria encontra vários locais de portas fechadas. Apenas serviços essenciais a comunidade seguem operando, é o caso de farmácias, mercados e postos de combustíveis. Mas essa pausa no comércio local já está gerando preocupações ao setor empresarial da cidade. Apesar de respeitar o decreto e entender as medidas de precaução em função do surto do covid-19 é preciso pensar e analisar a economia local tendo em vista o porte econômico que tem a cidade de santa maria.
Em entrevista a rádio medianeira estiveram o presidente da cacism, Luiz Fernando Pacheco, e o presidente do sindilojas, Ademir José da Costa. Em um ponto os dois presidentes concordam, a preocupação é geral na cidade com essa pausa, mas não se pode imaginar santa maria parada por 30 dias. Luiz fernando pacheco, pontua que a repercusão econômica vai ser muito séria e grave e quanto mais tempo ficar parado o comércio mais grave será o impacto financeiro. "o cenário atual é bem difícil e deve ser bem analisado", completou Pacheco.
O presidente da Cacism ainda destaca que o governo do estado e a prefeitura pediram para as pessoas ficarem em suas casas e os órgão comerciais respeitaram essa decisão, mas ele espera do governo que seja feita alguma manobra com relação a cobranças como impostos , IPVA e IPTU. E se não for feito um planejamento, muita empresa vai quebrar. Pacheco concorda com os 15 dias de isolamento, mas após esse tempo é preciso pensar e analisar a situação, senão a economia vai sofrer quedas e vai muita empresa vai quebrar.
Já o presidente do sindilojas, Ademir José da Costa pontou que essa semana o comercio ainda não abrirá as portas e segue o decreto mas também concorda que se o prazo de quarentena for prorrogado, diversas empresas podem sofrer com a situação financeira. O presidente declarou que foi pedido num primeiro momento que o tempo de parada do comércio fosse menor, inclusive a parada poderia ocorrer em outro período, como em abril quando segundo estudos, ocorrera o pico do coronavírus, mas o presidente respeito o decreto imposto pelo prefeito e repassou ao comercio que então fechou as portas.
Ademir mantem contato com diversos representantes comerciais da cidade e os empresários se mostram preocupados, 15 dias de pausa é suportável, foi inclusive fechado um acordo com o sindicato laboral para um acerto emergencial para quem quiser das férias coletivas pode dar. Mas tem o momento que não se pode imaginar ficar parado 30 dias, inclusive os autônomos já estão sendo afetados. Ademir defende a parada vertical, que seria colocar as pessoas de risco em hotéis pagando alimentação e custo de morada, e deixar o resto livre para o trabalho.
Ademir ainda lembra dois pontos importantes. Santa maria é uma cidade que tem por característica gerar muito emprego para o empresario que está começando, e que 85% do comércio da cidade está no meio varejista.
O presidente do sindilojas quer trabalhar e analisar uma volta para o
dia cinco, retomar as atividades, mas com o mesmo controle que está sendo
feito em mercados e farmácias. Essa volta tem como principal visão fazer a
economia girar. “muitos economistas já declaram que se ficarem mais 30 dias parados terão de fechar as portas, e é preciso pensar nas empresas da cidade”, completou o presidente.