Quase seis meses após o início oficial da campanha de vacinação contra a covid-19 no Brasil, o Rio Grande do Sul atingiu, nesta quarta-feira (14), 50% da população imunizada com a primeira dose, segundo os dados mais recentes da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Foram aplicadas 5.455.162 injeções da etapa inicial de imunização no Estado.
A marca é alcançada com uma mistura de alívio e preocupação: de um lado, o Rio Grande do Sul é o Estado que mais aplicou a primeira dose na população, segundo o Portal Covid-19 no Brasil. De outro lado, para atingir a imunidade coletiva, cerca de 70% dos gaúchos precisam ter tomado as duas doses – até esta quarta-feira, no entanto, apenas 21% haviam finalizado o esquema completo.
A despeito de a vacinação estar avançando em novas faixas etárias e crescendo no geral, o ritmo de aplicação de primeira dose é irregular e o de segunda não é tão alto quanto já foi.
A média móvel diária de aplicação da primeira dose era de quase 30 mil aplicações na terça-feira (13), ante um ápice de quase 66 mil em 15 de junho e quase 68 mil no início de abril.
Já a segunda dose, após dois ápices, no fim de abril e de junho, sofre nova queda, indicam dados da SES. A média móvel é de 14,5 mil segundas doses por dia, enquanto que, no fim de abril, chegou a ser de quase 43,5 mil.
Ainda assim, a cobertura vacinal atual já está servindo para salvar vidas. A média móvel é de cerca de 70 vítimas diárias no Rio Grande do Sul, bem abaixo do ápice da quarta onda no Estado, quando ultrapassou 300 mortes, no início de abril.
As estatísticas oficiais ainda mostram que os idosos estão sendo protegidos contra a covid-19. Desde março, o número de pessoas com 70 anos ou mais que morrem devido ao coronavírus cai mensalmente. O mesmo ocorre para a faixa entre 50 e 69 anos.
— Estamos em situação de maior conforto, com tendência visível a controle da situação. Se continuarmos vacinando com a intensidade atual, em setembro teremos uma tranquilidade bem grande no meio hospitalar. No hospital, nos últimos dias, a tendência é de redução significativa no número de casos. A expectativa é de que, se aumentarmos a segunda dose, vai melhorar — diz Francisco Paz, diretor-técnico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC).
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