O vice-prefeito Sergio Cechin juntamente com a bancada de vereadores do Partido Progressista protocolam nesta Quinta feira(30) um ofício referente ao tratamento do coronavírus no município.
No documento, é sugerido que o prefeito de Santa Maria utilize parte da verba destinada ao tratamento da covid-19 para aquisição dos medicamentos Hidroxicloroquina, Azitromicina e Zinco e, profilático, como ivermectina. Assim, os remédios poderiam ser utilizados no tratamento precoce da doença.
É importante destacar que a disponibilização dos remédios só seria permitida por meio da prescrição médica e interesse do paciente.
O Ministério da Saúde, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, recomenda o tratamento precoce contra a covid-19. Um protocolo da pasta defende o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina para todos os casos, dos mais leves aos mais graves, mesmo sem comprovação científica. Semanas atrás, Bolsonaro também se mostrou favorável ao uso da ivermectina em tratamento precoce contra o novo coronavírus.
Nas redes, inúmeras publicações defendem o uso desses remédios logo nos primeiros sintomas da doença. Há ainda conteúdos que aconselham que essas medicações sejam usadas de modo profilático, para evitar que o paciente seja infectado pelo Sars-Cov-2, nome oficial do novo coronavírus.
Os inúmeros compartilhamentos de informações sobre esses tratamentos precoces contra a covid-19 são vistos com preocupação por sociedades brasileiras de saúde, como a de bioética, a de cardiologia, a de imunologia e a de Medicina da família.
Em 30 de junho, a da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou uma nota para alertar sobre os riscos de tratamentos precoces. "Nos últimos dias, muito tem se divulgado nas redes sociais a respeito do uso de medicamentos para a covid-19. Várias destas divulgações que circulam nas mídias sociais são inadequadas, sem evidência científica e desinformam o público", diz o comunicado.
Entidades, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), esclarecem que não existem opções para tratamentos profiláticos, ou seja, medicamentos que usados precocemente impeçam o desenvolvimento de formas graves da covid-19. Por ora, não há comprovação científica de que uma medicação possa prevenir a doença ou evitar, se usada no início dos sintomas, que o quadro de um paciente infectado se agrave.