O vereador Pablo Pacheco (PP) será oficializado, nesta quinta-feira (11), como líder da oposição no Legislativo de Santa Maria. Na vice-liderança, uma surpresa. Petistas ficaram de fora do posto, que será ocupado por Tony Oliveira (PSL), filiado ao mesmo partido do vice-prefeito Rodrigo Decimo (PSL).
Pacheco é o vereador mais jovem do Parlamento, com 30 anos. Ele estava confirmado para ocupar o posto desde o início do ano (AQUI), com a anuência dos outros dez membros do grupo Pacto por Santa Maria, formado por parlamentares do PP, MDB, PSB, PDT e PSL.
Ainda em janeiro, a vice-liderança foi oferecida para outro grupo de oposição ao governo Jorge Pozzobom (PSDB), formado por PT e PCdoB, que conta com quatro vereadores. O líder da bancada petista, Valdir Oliveira, estava à frente das negociações, mas como ele segue hospitalizado com covid-19 as conversas foram paralisadas. Por consequência, até hoje a Casa segue sem os líderes oposicionistas.
Na sessão de terça-feira (9), conforme o Site já havia relatado na coluna BASTIDORES, surgiram reclamações públicas em relação à ausência de líderes tanto do governo quanto da oposição. O principal problema publicizado foi a impossibilidade de usar o tempo de liderança de ambos os blocos para aumentar o tempo de discurso durante o Grande Expediente (espaço final da sessão plenária reservado a pronunciamentos de até dez minutos, incluindo apartes).
Porém, o que levou o Pacto por Santa Maria a definir de vez a questão foi o discurso de Ricardo Blattes (PT). O petista desagradou o grupo dos 11 ao tecer críticas a colegas que dizem não ser políticos ou não possuírem alguma ideologia.
“Nós ainda não temos uma oposição porque eu não sei quem é oposição. Muitos que se dizem oposição sequer falam ou se manifestam uma palavra no sentido de ser oposicionista”, disse Blattes na sessão de terça.
O requerimento oficializando Pacheco e Tony na liderança da oposição só não foi protocolado na Câmara, nesta quarta-feira (10), porque não foi possível colher todas as assinaturas dos parlamentares do Pacto por Santa Maria.
Ainda existe a possibilidade de vereadores do PT ou do PCdoB aderirem ao bloco oposicionista. Werner Rempel (PCdoB) foi convidado e ainda não deu resposta, enquanto Marina Callegaro (PT) deverá ser contatada nesta quinta. Porém, uma fonte confirmou ao Site que, mesmo na ocorrência desta hipótese, Tony não será demovido da vice-liderança.
Tony já foi alvo de uma comissão de ética do PSL/SM por ter apoiado o candidato Sergio Cechin (PP) a prefeito ao invés de Pozzobom. Porém, dificilmente o parlamentar sofrerá outra sanção, já que agora o partido tem como presidente Ana Neri Knupp (AQUI), que também fez campanha para o progressista e até chegou a ser suspensa da legenda pela comissão de ética do PSL/SM.
Por Maiquel Rosauro